domingo, 7 de agosto de 2011

A origem das Religiões

RESUMO

As formas elementares da vida religiosa é uma obra que foi escrito em 1912 e é o 3º grande livro de Emile Durkheim e tinha como objetivo analisar as religiões mais primitivas para assim elaborar uma teoria da religião. Em sua obra, o filósofo apresenta:




Ø  Descrição detalhada da organização dos clãs e do totemismo de algumas tribos da Austrália;
Ø  Hipótese sociológica sobre as formas de pensamento humano (sociologia do conhecimento).
Para escrever sua obra, Durkheim utiliza os mesmos métodos utilizados em obras anteriores.
Ø  Inicialmente ele faz uma definição sobre o fenômeno estudado;
Ø  Em seguida critica as teorias opostas às suas;
Ø  E por fim cria sua teoria de acordo os preceitos da sociologia.
O objetivo de Durkheim na referente obra é buscar o núcleo da religião. Para entendermos as idéias propostas por Durkheim é importante conhecer melhor a história do clã, a qual Durkheim concentra a grande maioria de seus estudos relatados na obra “As formas Elementares da Vida Religiosa” que é a primeira obra antropológica onde Durkheim estuda a religião dentro da antropologia.

INTRODUÇÃO

1.     A HISTÓRIA DA FORMAÇÃO DOS CLÃS

O chamado clã se refere a unidade social formada por indivíduos ligados a um ancestral comum por laços de descendência que apresenta ser verdadeiro sem ser.
Nas sociedades alemãs e escocesas foram conhecidas, tribos constituídas de famílias de ascendências comum;
Os clãs podem ter características variadas:
Ø  Nomeados ou não;
Ø  Localizados ou dispersos;
Ø  Exógamos (Casamento entre indivíduos pertencentes a grupos distintos) ou endógamos (própria do clã);
Cada Clã tinha o seu deus local e muitas guerras tribais foram organizadas pelo fato de que os membros do clã acreditavam que representavam na terra as batalhas divinas travadas no céu.
Com a construção de muros em torno das cidades estados, intensificou-se a prática do henoteísmo (a crença de um deus particular que protegia seus moradores contra o ataque de outros deuses de outras tribos).
Cada cidade da suméria era governada por um supremo sacerdote local que ao mesmo tempo era chefe militar absoluto. Os deuses regionais eram proprietários de todas as terras.


2.     TEORIA DO CONHECIMENTO

Acreditando que a sociedade vive de um substrato comum, Durkheim busca encontrar a base comum da existência humana e para isso ele mostra a oposição que existe entre ciência e religião. Através de seus estudos ele desenvolve a Teoria Sociológica do Conhecimento que busca entender as formas de pensar associadas às crenças religiosas.
Para Durkheim o Animismo seria a forma mais primitiva da história da religião e seguindo esse pensamento, ele tenta explicar como o homem desenvolveu a noção de alma (religiosidade) ao longo da história.
Durkheim acredita que a religião tenha sido criada através da ambição que o homem tem de poder de fazer qualquer coisa e daí surgiu a noção de espírito e a noção de homo-duplo.
Durkheim segue uma linha evolucionista e faz relação entre o que seria sagrado e profano (devido a sua evidência encontrada em todas as religiões desde as mais simples até as complexas).
Estudando as formas primitivas da vida religiosa, Durkheim chega a conclusão de que a sociedade é um sistema onde a religião tem a função de manter a união efetiva entre as pessoas. Para Durkheim, as representações religiosas nascem da vida social e é criada pelas várias visões de mundo de cada sociedade. Segundo ele, Deus seria a representação da sociedade ideal. A religião seria a forma de representação da sociedade.
Para defender essa tese, ele coloca as questões de representações coletivas ou simbólicas para explicar a gênese das representações, pois para ele as representações coletivas era o que tinha o fundamento religioso.
O autor não concorda com vários outros pesquisadores e se foca em contestar principalmente:
Ø  A ideia de que a religiosidade é uma representação inata ao indivíduo que sofreu variação ao longe da história e as mudanças da sociedade;
Ø  E que o conhecimento religioso provém da experiência do indivíduo de modo coletivo.


3.     O TOTEMISMO

Baseada no estudo do totemismo da Austrália, Durkheim cria a “Teoria da gêneses das religiões”. Para formular suas teorias, ele estuda o totemismo, pois acreditava que ele revela a essência da religião.
Totemismo é o conjunto de práticas sociais de caráter religioso relacionados aos totens que por sua vez, trata-se do animal, vegetal ou qualquer entidade ou objeto em relação ao qual um grupo ou subgrupo social (tribo ou clã) se coloca numa relação simbólica especial, que envolve crenças e práticas específicas, variáveis conforme a sociedade ou cultura considerada.
Durkheim cita e contestar as idéias de autores como: Tylor, Wilken, Wundt, Jevons, Andrew Lang, Spencer, Gillen e Grey.
Segundo Tylor e Wilken, o totemismo seria uma forma particular do culto dos antepassados que tem como doutrina, a transmigração da alma que eles acreditavam ser muito difundida e que teria servido de transição entre esses dois sistemas religiosos.
O texto relata que um grande número de pessoas acredita que após a morte, a alma não permanece desencarnada eternamente, mas vem animar novamente os corpos vivos; isso deve-se pelo fato da psicologia das raças inferiores considerarem iguais a alma do homem e dos animais, havendo inclusive transmigração da alma humana no corpo dos animais.
O animal que serve assim de receptáculo a um ser venerado, torna-se para todo o clã que dele se originou, uma coisa sagrada, o objeto de um culto. O chamado totem. Durkheim diz que os noviços não têm o direito de tomar para si, um totem pessoal qualquer, mas sim os atribuídos ao seu clã e completa dizendo que os estrangeiros de outros clãs não podem usurpá-las.
Os malaios das filipinas consideram os crocodilos e o tigre seu avô. Isso se dá pelo fato de que na Melanésia, às vezes um homem influente manifesta seu desejo de reencarnar em determinado animal ou planta que será tido pela sua família, como sagrado após a sua morte.
O texto de Durkheim relata que a origem do totemismo provém da Austrália, a qual há culto dos mortos ou doutrinas de transmigração. Durkheim tem como objetivo buscar o núcleo da religião, porém, como pesquisador ele peca ao se restringir ao estudo do clã da Austrália, mesmo admitindo haver religiões mais antigas do que a estudada por ele.
Entre os povos pesquisados por Durkheim, ele verificou tanto o totemismo individual quanto o do clã; nessas mesmas sociedades o antepassado dos clãs não é um animal totêmico; acredita que o totem individual gerou o do clã, mas quanto a esse tema, Durkheim diz: Resta explicar de onde vem o totem individual.
Não se sabe como Durkheim descobriria, já que não estava disposto a pesquisar coisas bizarras e singularidades (Termos que ele usou a se referir às religiões mais antigas).
Para Hill Tout, o totem individual veio do fetichismo (Adoração ou culto de fetiches; culto de objetos materiais, considerados como a encarnação de um espírito, ou em ligação com ele, e possuidores de virtude mágica).
Jevons atribuía ao clã; acredita que o totem individual surgiu, pois o homem achava que podia ocultar suas almas para se proteger durante, os ataques dos malefícios mágicos.
Quanto às teorias de Frazer, elas supõem uma espécie de absurdos intrínsecos primitivos que os fatos conhecidos não permitem atribuir-lhe.
O primitivo tem uma lógica, por mais estranho que possa nos parecer; ao se referir ao totem individual e coletivo, Durkheim diz que: dependendo da afirmação (quem veio primeiro- individual ou clã), eles deveriam buscar o núcleo da vida religiosa em duas direções opostas.
Hill e Tout alegam que certos mitos atribuem ao totem de clã uma origem individual.
Durkheim diz que Frazer tentou uma nova explicação do totem baseando-se na idéia de que o totemismo dos Arunta (acredita que toda concepção é devida uma espécie de fecundação mística para formar um bebê), na qual a alma de um antepassado penetrou no corpo de uma mulher e ali tornou-se o princípio de uma nova vida. Esse conceito vê as contrações do parto como um espírito penetrando o corpo do bebê no ainda no ventre de sua mãe.
Frazer vê o totemismo dos Aruntas, o mais primitivo que conhece e chama-o de concepcional. Segundo ele, a distribuição geográfica dos totens é que determina a maneira pelas quais os clãs se formam.
(...) se comeu recentemente carne de ema ou inhame, não duvidará que uma ema ou um inhame se originou dentro dela e se desenvolveu dentro dela. Sendo assim, explica-se que a criança por sua vez, seja considerada como uma espécie de ema ou de inhame
Andrew Lang combate as teorias de Frazer, mas ambos negam que o totemismo seja uma religião;
É interessante o relato que Dorsey faz sobre tribos americanas principalmente as que pertencem a grande família dos Sioux. Segundo ele, várias dessas sociedades anda são organizadas em clã e acima de todos os seus deuses particulares, existe uma potência eminente chamada Wakan dos Sioux, da qual as demais são como que formas derivadas (Página 195). O Wakan é a causa de todos os movimentos que se produzem no universo.
Já o Orenda dos Iroqueses, é a causa eficiente de todos os fenômenos e de todas as atividades que se manifestam ao redor do homem (é o que faz com que o vento sopre, que o sol ilumine etc...
Segundo Codrington, o melanésio atribuiu ao mana o mesmo tipo de eficácia (se uma flecha atinge seu alvo, é porque está carregada de mana; é graças a seu mana que seus rebanhos prosperam; o homem é bem sucedido.
(...) se o totem tem poderes é porque encarna o Wakan. Se o homem que não cumpriu as normas de proteger seu totem fica doente ou morre, é porque a força misteriosa (Wakan) reage contra ele com a mesma medida a qual o choque sofrido.
Spencer e Gillen notaram a presença de formas particulares de uma mesma e única força chamada em Arunta de Arungquiltha ou Arankulta (termo que significa uma idéia de poder sobrenatural de natureza ruim) entre os Arunta e os Loritja.
Entre esses diferentes povos, Grey relata que nas tribos que observou, existia uma noção exatamente idêntica. As forças propriamente religiosas não conseguem desfazer-se de uma heterogeneidade, porém, as forças mágicas são concebidas como se fossem da mesma natureza.
Tanto Spencer quanto Gillen e até Durkheim dizem que cada vez mais têm a impressão de que as construções mitológicas sejam produtos secundários. Ambos chegaram a essa concepção através de fatos tomados de religiões muito diversas, algumas delas correspondem a uma civilização avançada.
Mais uma vez, Durkheim questiona se essa mesma teoria se explicava às religiões mais simples; porém, Durkheim diz não poderem descer mais abaixo do totemismo, pois para ele, isso seria expor-se ao risco de erro.


4.     ANIMISMO
Segundo Durkheim, os malaios das filipinas acreditam que os heróis míticos que fundaram o clã, se reencarnam periodicamente, porém, exclusivamente em corpos humanos; cada nascimento é o produto de uma dessas reencarnações. Se os animais da espécies totêmicas são, portanto, objeto de ritos, não é porque almas ancestrais residiram neles, apesar que esses antepassados eram representados sob forma de animais, mas não é a crença na metempsicose (Doutrina segundo a qual uma mesma alma pode animar sucessivamente corpos diversos, homens, animais ou vegetais; transmigração) que pode tê-lo originado, já que ela é desconhecida das sociedades australianas.
Ora, se o animismo se deve-se ao fato da psicologia das raças inferiores considerarem iguais a alma do homem e dos animais que segundo Durkheim eles acreditavam haver transmigração da alma humana no corpo dos animais, suas idéias não se completam a relatar que os heróis míticos fundadores do clã só reencarnavam em corpos humanos.
Durkheim diz que Taylor e Wundt cometem equívoco ao dizerem que o totemismo seria apenas um caso particular do culto a animais, pois ele entende que é preciso ver nele algo bem diferente de uma espécie de zoolatria (adoração de animais).
Durkheim faz uma afirmação confusa ao dizer que acabaria de mostrar que as primeiras religiões teem origens completamente diferentes Página 232. Como eu poderia assim fazer, já que deixou claro a falta de interesse por pesquisa de religiões que antecedem o totemismo, já que ele julgava ser bizarras?
Em outro momento Durkheim afirma: (...) Portanto, no fundo, não existem religiões falsas. À sua maneira todas são verdadeiras, todas respondem, mesmo que de diferentes formas, a condições dadas da existência humana.


A TRADIÇÃO ADÂMICA
Durkheim questiona: como que uma mitologia tão afastada das origens poderia reconstituir com algumas seguranças a forma primitiva de uma instituição?
Essa indagação de Durkheim nos permite dar uma pausa na obra “As Formas Elementares da Vida Religiosa”, para responder uma questão levantada pelo filósofo, mas que ficou sem resposta. Trata-se da tradição adâmica.
Para falar da tradição adâmica em um artigo científico, é preciso que os livros escritos na Bíblia teem sua historicidade comprovada, portanto também se enquadra dentro da ciência arqueologia. Vejamos:
Uma hipótese documentária feita na Alemanha dizia que não foi Moises quem escreveu o gêneses e os livros do Pentateuco e que os nomes de Deus (Helohim, Adonai, Jeová...) eram nomes de escritores de diferentes épocas que escreveram a Bíblia e não tinham intenção em escrever história real, mas sim uma obra sem fins realísticos.
Diziam que esses livros foram escritos no 9º século A.C (muito tempo após os fatos neles apresentados)
Afirmavam que alguns capítulos (os iniciais do livro de números 1 a 10 chamados de documentos sacerdotais teriam escritos após o cativeiro babilônico que terminou em 539 A.C e seu autor teria sido Esdras e não Moisés.
Em 1979, o arqueólogo israelense Gabriel BARCAI descobriu um túmulo que havia um minúsculo adorno de prata escrito em hebraico. Esse objeto foi datado a 650 anos A.C (antes do início do cativeiro) e a decifração das letras hebraica tratava-se da benção sacerdotal com os nomes de Deus.

Mircea Eliade- Mundialmente famoso- Um dos maiores especialista em história das religiões. Ele não aceitava dizer que o politeísmo em suas mais variadas formas antecedeu o monoteísmo como propõe Durkheim . Segundo Mircea Eliade, o monoteísmo sim, seria o pensamento religioso original, o qual o segundo (politeísmo) derivou por oposição e distanciamento. O conceito de que tudo começou com a visão de que os povos tinham de Deus que vinha diretamente da tradição adâmica e com a compreensão mais ou menos deturpada da divindade resultou nos mais diversos rumos filosóficos que as culturas produziram.


Atualmente, a tradição adâmica tem ganhado notoriedade, devido às descobertas arqueológicas de cuneiformes com manuscritos antigos, o qual relata o enredo da história de Adão e Eva; esses manuscritos são encontrados nas mais variadas partes dos continentes e também nos permite conhecer melhor a origem das religiões tão desejada por Emile Durkheim.
Com algumas alterações, decorrentes do politeísmo, mas todos têm em seu enrredo, a mensagem principal relatada no gêneses escrito na Bíblia.
Nas primeiras buscas humanas pelo significado da existência encontramos um surpreendente paralelismo entre as mais antigas formas de filosofia do mundo e a tradição monoteísta que nos vem desde a pessoa de Adão.


5.     CULTURA CHINESA

A china que é uma das mais antigas culturas do mundo e está numa geografia distante do oriente médio. Lá encontramos uma filosofia notável em relação a tradição adâmica.
Um sábio chinês emitiu idéias semelhantes à famosa república de Platão. Por seus escritos, descobriu-se que a indagação filosófica na china inicia-se com a própria indagação religiosa daquele povo (grego).

Desde a antiguidade, os chineses já chamavam a Deus de- “O Senhor dos céus”. Essa crença é anterior até mesmo ao budismo.
Nessa época, não havia outros deuses entre os chineses e eles não poderiam adorá-lo através de imagens ou de ídolos. Isso durou até o começo das dinastias chinesas que vão desde 1166 até 770 A.C. Devido a sérias crises internas, nessa época o imperador começou a passar a idéia de que ele era suficientemente bom devido. Alguns pensam que foi nesse ponto que a china começou a se tornar politeísta, pois foi proibido ao povo render cultos diretos ao único Deus. Foi lhe dito que a partir de agora o pai imperador cuidaria de todos e desde então uma multidão de deuses começou a surgir na cultura chinesa.
Três séculos depois da dinastia imperial, dois movimentos religiosos filosóficos se materializaram (confucionismo) e o taoísmo (Ensinamento filosófico-religioso desenvolvido, sobretudo por Lao-tse séc. VI a. C. e Tchuang-tseu séc. IV a. C., filósofos chineses, cuja noção fundamental é o Tao — o Caminho que nomeia o grande princípio de ordem universal, sintetizador e harmonizador do Yin e do Yang, ao qual se tem acesso por meio da meditação e da prática de exercícios físicos e respiratórios.) tentando preencher o vazio deixado pelo antigo Deus e retomar a uma adoração monoteístas.
Em 1823 Jean píer especialista em literatura chinesa, publicou uma tradução dos trabalhos de (Laudice) - fundador do taoísmo no qual se vê, não apenas a linha monoteísta, mas inclusive uma semelhança com o nome de Deus em hebraico que também é chamado de Javeh ou representam pelas letras J H V H.


Vejamos a semelhança com a Bíblia:

As três letras chinesas presentes no texto, não pertenceriam às letras chinesas e não formam sentido nesse idioma de modo que seria estranho que os sinais do ser supremo nada significassem na língua chinesa, mas também ao mesmo tempo, é estranho que se pareçam também com o tetragrama sagrado dos hebreus que é transcritos pelas letras J H V H.


6. A CULTURA BIRMÂNIA

Outra tradição distante da índia, contada pelo povo da Birmânia. Ela está preservada em antigos hinos que foram traduzidos de um primitivo dialeto no final do século XVIII. Umas das estrofes diz que um deus chamado Yeoa, formou o mundo à partir da água e a terra produziu o fruto da tentação. Havia ordens explícitas para que ninguém pudesse comer do fruto proibido, mas um espírito rebelde enganou duas pessoas fazendo-as experimentar o alimento da morte. Por causa disso, os homens ficaram sujeitos à doença, envelhecimento e punição (semelhante ao que diz no livro de gêneses)
Todos eles narram a da sua maneira o que de fato aconteceu e ficou marcado por muitas gerações na memória dos povos. A distorção foi se tornando cada vez mais acentuada à medida que os descendentes de adão mergulhavam no politeísmo.

7.      O CÓDIGO DE HAMURADE



A primeira coisa que Hamurabe fez no seu reinado, foi instituir a religião no coração do povo. Ele era monoteísta, como seu patriarca Abraão e como não conseguiu estirpar o politeísmo da mente do povo, instituiu pelo menos a certeza de que havia um ser superior a todos os outros os deuses cultuados na região. Ele chamava de Marduque- O filho unigênito de Eleu.
Segunda uma antiga história que Hamurade dizia ter aprendido de alguém, o deus marduque salvou seres celestiais lutando com um ser maligno simbolizado em um dragão monstruoso. Após sua vitória, ele teria sido aclamado no céu como supremo senhor de todas as coisas
Durante seu governo, Hamurabe pregava a fidelidade ao deus Maduque e a obrigatoriedade em cumprir suas leis.
As leis de Hamurabe trata-se de um enorme obelisco ou estela com mais ou menos 2,25 cm de altura que hoje pode ser visto no museu de Paris. Ele possui mais de 250 artigos legais que vão desde delitos de propriedade até ao desrespeito aos magistrados.
Hamurabe condenava a magia, cobiça e homicídio. Em quase todos há pena de pena. Em um texto, recomenda-se que fosse declarado que determinada casa estava em chamas e nesse momento se um de alguns dos ajudantes para apagar o incêndio fosse flagrado cobiçando ou roubando os utensílios da vítima esse sujeito seria imediatamente lançado no fogo para serem queimado; se alguém entrasse com violência em uma casa e fosse pego apanhado no crime, seria morto e seu corpo enterrado na própria casa para servir de lição aos demais.
A mais famosa lei de Hamurabe (Talione Regis ou lei do talião) – “a lei do tal qual” originou o ditado: Olho por outro, dente por dente. Essa lei tinha como objetivo o limite quanto a vingança. Naquela época, bastava ser agredido para que uma pessoa matava a outra e suas respectivas família buscavam por vingança sem fim, de modo que sempre alguém buscaria por vingança .


8.     A HISTÓRIA DA ESCRITA E A TRADIÇÃO ADÂMICA

Vasculhando as origens da civilização ao mais distante que a história escrita consegue nos levar, chegamos até por volta do terceiro milênio A.C quando surgiram os primeiros livros da humanidade. Eles foram originalmente produzidos num sistema de escrita pictogrâmica. As figuras representavam objetos e depois vieram a ser os primeiros traços ideogrâmicos quando as figuras começaram a representar idéias e conceitos. Finalmente surgiu o sistema fonográfico onde cada figura representava um som.



Com não havia o papel que hoje conhecemos a escrita em feita em tabletes de argila que era secado ao sol. Uma vez seco o barro podia durar milhares de ano debaixo da terra. Os caracteres pareciam cunhas em miniaturas; por isso receberam o nome de Cuneiforme (escrita em forma de cunha).
Curiosamente, os primeiros registros escritos na humanidade foram produzidos mais ou menos na mesma época, tanto na mesopotâmia quanto no Egito. Por que justamente nesses dois países? Provavelmente por que foram estes os dois centros que mais rápido se desenvolveu depois do dilúvio gerando as mais antigas comunidades urbanas da história.
Ali, a unificação política dos clãs e das tribos em torno de sistema religioso governamental resultou numa sociedade centralizada que se organizava a partir de uma estrutura bastante complexa. Esse modelo social exigiu em pouco tempo, a criação de um sistema de contabilidade e comunicação confiáveis que pudesse servir de referencia ao comércio e a repartição de bens.
Assim, passaria mais de mil anos entre esse período e a produção do livro do gêneses porém se a história que ele descreve for verdadeira devemos obrigatoriamente encontrar a partir daqui as primeiras referencias a adão já que este seria, segundo a Bíblia, o genitor comum de todos os povos.
Foi encontrados tabletes numa quantidade maior que o necessário para validar o texto bíblico.

Milhares de tabletes cuneiformes foram escavados numa região que compreende a antiga mesopotâmia. Eram recibos, cartas, leis, documentos de propriedade etc.
Alguns tinham conteúdos sobre os primórdios da humanidade. Ao avaliá-los, os arqueólogos viram que muitos traziam semelhanças bastante acentuadas com o que seria posteriormente escrito na Bíblia.
Uma extraordinária coincidência foi vista na forma em que os antigos documentos egípcios e mesopotâneo chamavam o primeiro ancestral da humanidade. A grafia do seu nome variava entre:
Adamu, Adime, Adapa, Alulim, Alorus, Atûm, Adumuzi e outros. Não seria razoável supor que todas essas formas constituiriam variações ortográficas do mesmo nome Adão?
Os que estudam os idiomas do mundo e os comparam entre si tem percebido semelhanças etimológicas tão grandes a ponto de afirmar que todas as línguas do mundo podem ser agrupadas em famílias ou classes de linguagens que no mais remoto passado, se originaram de uma única “língua mãe”.
Segundo Winfred P. Lehman e Patrick c. Ryan (ambos professores renomados especialistas em lingüística comparada) um análise conjunta entre as línguas do planeta, tanto as faladas quanto desaparecidas revelam a origem monogênica dos idiomas; isto é: a existência de uma língua primeira,mãe de todas as outras.
Guilherme stay Junior foi um grande pesquisador brasileiro que fez uma pesquisa sobre a origem comum dos idiomas. Ele desenvolveu sua própria metodologia lingüística. Seu ponto de vista fundamental era de que na Suméria (região onde ficava a torre de babel) nasceram as raízes de todos os idiomas e religiões do mundo inteiro.
Ex: O nome Deus em português: se retrocedêssemos no passado descobriremos que esse nome pode ter sido agrupamentos de pouquíssimos grupos sonoros vindo de babel.
Os idiomas Greco-latinos como português dizem Deus, Dieu, Dios, Theus, Zeus.
Os idiomas saxônicos como o inglês dizem God, Gott, Gud
Os idiomas do oriente médio como o hebraico e o árabe, dizem El, All, Alla, Illu, II.
A palavra sábado é semelhante em centenas de idiomas:
Em Siríaco antigo diz: Shabbatho (sabato)
No assírio: Sabatu
No grego: Sabbaton
No latin: Sabbatum
No hebraico: Shabbat
No copta: PI sabaton
No afegão: shamba
No etíope: sambat
Somente o fato de encontrarmos indícios que apontem para um tempo primervo onde os homens falavam um único idioma já é um forte indício da historicidade da Bíblia.
A história geral está repleta de evidencias e dentre elas, o monoteísmo é colocada como a primeira forma de religião seguida no mundo.
A semelhança fonética é muito acentuada. É como se conhecemos um homem chamado João, mas que os inglêses o chamasse de Jhon, os espanhóis de Huan e os franceses de Jean. Apesar das diferenças idiomáticas existe uma raiz temática que permanece em todas as formas de escrita ou pronúncia daquele nome.
Os tabletes cuneiformes revelaram ainda que desde muito tempo na mesopotâmia uma tradicional história a cerca de um certo Adapa- ancestral de toda a humanidade (aliás, muito se assemelha com o vocábulo adão)
Dessa história já foram encontrados 4 fragmentos dessa história. 3 deles são derivados da biblioteca de (assusbanipol) e o mais extenso e antigo dos arquivos egípcios de ( El amarna) escritos por volta do 14º Sec A.C.
Ele recebera uma grande sabedoria, mas não era imortal. Adapa era pela criação, o filho do deus EA e morava na cidade sagrada de Eridu (Eridu e Edem procedem da mesma raiz etimológica em conjunto com o sumeriano edim ou edenu que também querem dizer paraíso ou planura)
Coincidentemente, Lucas também enumerou a genealogia humana de Cristo a partir de Adão classificando-o como no mito de Adapa- filho de Deus (Lucas:3:38)
A história prossegue dizendo que Adapa vivia em meio aos Anunaques- (palavra que lembra muito o termo Anaquins ou gigantes que temos na Bíblia)
Depois, apresenta sua falha ao quebrar com a vela do seu barco, a asa do vento sul impedindo-o de sobrar sobre a terra.

Em seu julgamento perante os deuses, Adapa se recusa a se alimentar do pão da vida e da água da vida. Aquilo na verdade era um teste, porque ele sabia que não poderia participar dos alimentos reservados aos deuses. Inconformado, o deu Anuli pergunta: porque não tens comido e bebido da água da vida? Se assim fazes não poderás ter a vida eterna (essas palavras ecoam a mesma proposta da serpente ao oferecer o fruto para Eva:
Gêneses 3: 4 e 5. Esse texto também trás o tema sobre as duas vestes de Adão que primeiro faz para si e sua mulher, cintas de folhas e no final, é vestido com um segundo manto feito à partir de pele de animal. (isto está em Gêneses 3:7 e 21).
Na mentalidade da época, a imortalidade não nos pertencia, senão otorgada pelos deuses, como na visão bíblica, mas essa mesma história aparece no antigo oriente médio e todas possuem semelhanças incríveis com o relato bíblico.

Épico babilônico, o lendário herói sumeriano tem um amigo chamado Enkidu, que é seduzido por uma cortesã da deusa Istar e passa a ter o conhecimento pleno (símile do conhecimento do bem e do mal mencionado na Bíblia) Após o ocorrido, Istar declara:
Você agora é um conhecendo Enkidu. Você será igual a deus. Ela improvisa vestiduras e se veste com elas.


9.      O DILÚVIO

Um tablete encontrado em 1934 a 23 Km de Nínive contém uma lista de reis assíricos começando com 17 reis que vivera em tentas- provavelmente eram líderes dos povos nômades.
Tudia é o primeiro nome da lista seguido por Adamu que provavelmente seria um tipo de realeza advindo de um ancestral famoso. Como foi o nome Cesar para os imperadores romanos.
Mais à frente na lista, encontramos o 37º (trigésimo sétimo rei) chamado puzar azul- Ele era um dos vários reis nomeados em homenagem ao seu ancestral Azul (o fundador da síria)
Em gêneses 4:22, encontramos o mesmo costume em um dos descendentes de Caim que se auto denomina tubal Caim.
Assim, é possível que Adamu tenha sido um rei que assumiu esse nome em homenagem a outro Adamu importante que existiu bem antes dele. E porque não supor que seria uma homenagem adão que ele viveu no Edem?
Esses foram apenas alguns exemplos extraídos no oriente médio, mas existem ainda muitos mais. Todos eles testemunham a história de como o dilúvio e o torre de babel fizeram parte da relação do mundo.


10.            AS SEMELHANÇAS ENTRE AS DIVERSAS CULTURAS

No estudo comparativo dessas culturas, os arqueólogos perceberam que pelo menos 6 elementos históricos do gêneses podem ser encontrados nos tabletes que agora eram traduzidos por peritos em paleografia.
Nesses tabletes, eles mencionavam:
Ø  A criação e a desobediência de um casal humano que perde o paraíso.
Ø  A maldição que segue a desobediência, trazendo a morte aos habitantes da terra.
Ø  O início da família humana marcado pela tragédia de um fratricídio (assassinato onde um irmão mata o outro irmão).
Ø  A humanidade que se torna má e, por isso, é destruída em dilúvio.
Ø  O perecimento de quase todos, menos alguns que são preservados pelos deuses.
Ø  Uma confusão de idiomas que espalha os homens pelos quatro cantos da terra.
Esses paralelos literários derrubaram a tese de que a narrativa do gêneses seria apenas um mito criado pelo autor da Bíblia apontados como sendo Moisés.
Alguns continuaram a negar a historicidade da Bíblia sugerindo que esses relatos mesopotâmicos seriam os originais e que o gêneses seria apenas um plágio de obras literárias anteriormente existente. Porém, foi uma grande surpresa para muito encontra entre aborígines e tribos isoladas das Américas, Ásia, áfrica e até da Oceania, tradições orais tremendamente similares a narrativa bíblicos.
Vários Missiólogos e antropólogos reconheceram a importância do relato bíblico nas culturas pagãs ao coletarem em livros (que se tornariam em um “Best select” em várias partes do mundo) as histórias dali e sua similaridade com a Bíblia.
É o caso do famoso livro ETERNITY IN THEIR HEARTS- Don Rchardson( a eternidade em seus corações)


Alguns exemplos desse livro:
No norte da índia, viviam 2 milhões e meio de pessoas conhecidas como povo santal. Sua antiqüíssima tradição conta que um deus criou primeiro o homem do barro e deu-lhe o nome de Raran (semelhança fonética do hebraico Adam). Depois criou a mulher e ambos foram colocados em um jardim paradisíaco.
Ali, um ser sagas fez cerveja de arroz e ofereceu ao casal. Desobedecendo às ordem divinas, eles beberam o líquido e dormiram. Quando acordaram, perceberam que estavam nus.


11.            DEPOIMENTO DE ESPECIALISTAS EM ARQUEOLOGIA DA ATUALIDADE

William F. Albright- Detentor de 30 títulos de doutorado. Suas pesquisas sobre a Bíblia revelou em suas próprias palavras que: Não há a menor dúvida que a arqueologia confirma a historicidade substancial da tradição presente no Antigo Testamento... Descoberta após descoberta tem confirmado a exatidão de inúmeros detalhes e feito crescer o reconhecimento da Bíblia como uma valiosa fonte histórica.


Nelson Blueck- Renomado arqueólogo judeu que chegou a ser capa da revista Time nos anos 60. Depois de participar de vários sítios arqueológicos em Israel e colecionar em seu currículo uma lista de dezenas de livros e artigos técnicos sobre arqueologia, ele declarou: Pode-se afirmar categoricamente, que nenhuma descoberta arqueológica jamais tem desmentido uma referencia bíblica.


Kenneth A. Kitchen (professor emérito de egiptologia da universidade de (liverpol- procurar esse nome).
Ele disse: A suposição comum de que esse relato [bíblico] é, simplesmente, uma versão simplificada de ledas babilônicas é um sofisma em suas bases metodológicas. No antigo oriente próximo, a regra é que relatos e tradições podem surgir (por acréscimo ou embelezamento) na elaboração de lendas, mas não o contrário; as lendas não eram simplificadas para se tornar pseudo- histórias como tem sido sugerido para o gêneses.


O antropólogo judeu Claude Levi- Strauss;

Considerava o relato da criação um mito, foi forçado a admitir que: grande surpresa e perplexidade surgem do fato que esses temas básicos para os mitos da criação são, mundialmente, os mesmos em diferentes áreas do globo, principalmente fora do oriente médio.



Autora: Gleisy/ Dayse Rocha

Se o relato bíblico fosse apenas uma reprodução de lendas culturais da mesopotâmia, não deveríamos encontrar essas mesmas histórias tão largamente ensinadas e divulgadas entre povos que viviam fora das terras bíblicas e não tinham nenhum contato com as escrituras hebraicas ou com a tradição sumeriana.


RESULTADOS e DISCUSSÃO

Durkheim diz que todas as teorias citadas cometem erros, pois não consideram que existem duas espécies de totemismo: O do individuo e do clã. Segundo ele, há um parentesco entre os dois e não se sabe qual viera primeiro; ou seja: quem deu origem ao outro e questiona a origem do totemismo, porém não se mostra preocupado e pesquisar, já que no início da obra ele diz que não pesquisará a religião mais antiga.
Esse posicionamento de Durkheim, mostra que sua pesquisa não se tratava de uma descoberta, mas sim de uma busca por fatos que ele já conhecia e que era de seu gosto pessoal.
Em relação ao totemismo, Durkheim insiste na idéia de fazer uma classificação de conhecimento do mundo, apesar de haver uma divisão completamente distinta no totemismo que seria o totemismo coletivo e o individual.



CONCLUSÕES
Durante muito tempo, acreditou-se que a noção de Deus foi fruto de uma evolução progressiva do próprio pensamento humano através dos tempos. Afirmava que a idéia de Deus evoluiu juntamente com a humanidade passando por estágios primitivos como animismo, feiticismo até chegar ao politeísmo e depois ao monoteísmo dos hebreus.
O conceito de que tudo começou com a visão de que os povos tinham de Deus que vinha diretamente da tradição adâmica; foi a compreensão mais ou menos deturpada da divindade que resultou nos mais diversos rumos filosóficos que as culturas produziram
O que veio primeiro? O politeísmo ou monoteísmo? Seguindo o raciocínio de que quem vem primeiro é o legítimo e o que vem após é a falsificação.
De acordo as análises feitas nessa pesquisa, a migração parece ter sido do monoteísmo de Adão para o politeísmo dos seus descendentes- um caminho inverso pelo propostos pelos adeptos da evolução do conceito de Deus.
Em termos de filosofia ou, Podemos dizer que a heresia e o extremismo são nada mais nada menos que um lado da verdade que ficou louco e negou seus outros aspectos. Atentando a esses aspectos, veremos que isso é real:
Muitas vezes a técnica usada não tentar destruir a verdade com um erro, mas tentar usar a própria verdade contra a verdade; isto é o chamamos de meias verdades ou Falácia.
Ex: Devemos ou não amar nosso semelhante? Claro que sim. Mas às vezes podemos amar tanto o outro que esquecemos de amar a nos mesmo e o sentimento que seria nobre, puro e bom, se transforma numa obsessão. Por isso, a Bíblia nos adverte a não amar a nada acima ou no lugar de Deus.
Somente esses conceitos já dariam excelentes páginas de reflexão axiológica e epistemológica. Logo, porque descartar os conhecimentos religiosos e bíblicos dos tratados de filosofia? Talvez seja na fé e não na razão que humana que estariam às principais respostas das indagações humana.


Fontes: Arqueologia Bíblica: DVD Evidências- Rodrigo Silva; As formas elementares da vida Religiosa- Emile Durkheim

Um comentário:

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